Comparecer periodicamente ao dentista também deve fazer parte das estratégias de prevenção contra endocardite bacteriana e AVC. É o que defende o cirurgião-dentista Dr. Paulo Coelho Andrade, mestre e especialista em implantodontia e odontologia estética, e dono de uma das clínicas mais requisitadas de Belo Horizonte.
Segundo o especialista, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. A presença de bactérias no sangue pode provocar uma coagulação capaz de resultar, dentre outras consequências, num acidente vascular cerebral. Caso as bactérias colonizem artérias e veias do cérebro, ocasiona-se um AVC. E, alerta o profissional, uma das principais portas de entrada é a boca.
“A gengivite pode evoluir para periodontite, que gera o risco de endocardite bacteriana e AVC”, afirma o Dr. Paulo Coelho Andrade. “Com uma quantidade enorme de bactérias, evoluindo para periodontite, as chances de contaminação da corrente sanguínea são ainda maiores”, completa.
A endocardite bacteriana é causada pela doença periodontal, abscesso, foco bacteriano que pode ser causado por trinca radicular, lesões de furca entre outros problemas intraorais. Então deve-se realizar exame tomográfico de 6 em 6 meses para um diagnóstico prévio e consecutivo tratamento.
Na endocardite bacteriana, as bactérias caem na corrente sanguínea e colonizam as válvulas cardíacas, fechando-as, levando o paciente a um infarto no miocárdio. A doença tem um alto índice de mortalidade – estima-se que em torno de 30% dos casos.
“A endocardite é mais uma consequência da relação perigosa entre a bactéria e o sangue. Por isso, cuidar dos dentes é um caminho para se evitar enfermidades mais graves, que podem levar à morte. A simples inflamação de uma gengiva que evoluída para uma periodontite, pode ser a porta de entrada para os órgãos vitais”, adverte Dr. Paulo Coelho Andrade.
Para isso, ele recomenda às pessoas irem ao consultório odontológico pelo menos uma vez a cada seis meses. Em quadros de gengivite, é necessário realizar o tratamento com limpeza e higienização profunda dos dentes. Em quadros mais graves, como uma periodontite, é necessário limpeza e raspagens sub-gengivais para remoção de tártaros e bactérias.